Flash Gordon
“Flash Gordon” é um filme baseado nas tiras de quadrinhos de 1934, criadas por Alex Raymond, em uma época marcada pela Grande Depressão americana, que trouxe enormes problemas sociais. “Flash Gordon” serviu como uma forma de escapismo para a sociedade americana daquele período difícil.
Produzido pelo aclamado diretor Dino De Laurentiis, a trama do filme gira em torno do jogador de futebol americano Flash Gordon e da jornalista Dale Arden. Durante um voo, eles são atingidos por uma chuva de meteoros e caem perto do laboratório do desacreditado cientista Zarkov, que havia descoberto que a Terra estava sendo alvo de um ataque alienígena. A única forma de defesa seria um contra-ataque às forças invasoras.
A atuação de Sam J. Jones como Flash Gordon é razoável, prejudicada por um roteiro limitado que não oferecia muitos desafios para o ator. Max von Sydow, por outro lado, entrega uma performance marcante como o vilão Ming, trazendo uma presença ameaçadora ao personagem. O elenco de apoio, incluindo Timothy Dalton e Brian Blessed, contribui de maneira satisfatória para o universo do filme.
Dentro de um foguete, Flash Gordon, Dale Arden e o cientista partem para uma aventura sem precedentes. Ao se aproximarem de seu destino, eles caem no planeta Mongo e são capturados pelo Imperador Ming. Os três são feitos prisioneiros: Ming se afeiçoa à jornalista enquanto Flash Gordon é condenado à morte, e o cientista é levado para ter suas memórias removidas.
A filha do imperador Ming salva Flash Gordon e o leva ao planeta Arboria. Lá, Flash tenta convencer os líderes locais a se revoltarem contra o imperador. Após inúmeras tentativas, ele consegue convencê-los de que a única forma de derrotar Ming é unindo forças e atacando o planeta Mongo.
Após muitas reviravoltas, Flash Gordon e seus aliados conseguem derrotar o Imperador Ming e Flash se consagra entre os líderes locais. O filme não é isento de falhas; o roteiro é pobre e a trama previsível. No entanto, a abordagem despretensiosa permite que os espectadores se entreguem à fantasia e se divirtam com a extravagância da narrativa.
A trilha sonora de “Flash Gordon” é um elemento crucial que contribuiu para o status de culto do filme. A colaboração entre Queen e a produção cinematográfica resultou em uma trilha sonora inovadora, enérgica e memorável, que complementa perfeitamente o estilo visual e narrativo do filme. A habilidade de Queen de capturar a essência do universo de “Flash Gordon” através de sua música ajudou a definir o filme como um clássico cult, garantindo que tanto a música quanto o filme continuem a ser celebrados por gerações.
Em última análise, “Flash Gordon” é um clássico cult que encanta pelo visual deslumbrante, trilha sonora icônica e performances carismáticas. Embora não seja perfeito, é uma obra que captura a essência da fantasia e da aventura, proporcionando uma experiência inesquecível e divertida.
Contexto Histórico Filme Flash Gordon
Nos anos 1970 e 1980 proliferou o renascimento de produções de ficção científica e Star Wars, embora, muitos não o consideram uma ficção cientítica impulsionou esse renascimento com o lançamento do filme em 1977. Essa Space Opera favoreceu uma explosão de interesse em histórias espaciais, aventuras galácticas e universos imaginários. “Star Wars” não apenas revolucionou os efeitos especiais no cinema, mas também provou que havia um grande mercado para filmes de ficção científica de alta qualidade e alto orçamento.
Não só pelo filme mas outras influências teve impacto direto no surgimento pelo interesse pela ficção científica e a Guerra Fria teve um impacto profundo na ficção científica, moldando suas temáticas e narrativas de várias maneiras. O medo de uma guerra nuclear, a corrida espacial, a espionagem e a rivalidade ideológica forneceram um rico terreno para histórias que refletiam as ansiedades e esperanças da época. A ficção científica serviu tanto como um espelho das preocupações contemporâneas quanto como um escape imaginativo para futuros possíveis, consolidando seu lugar como um gênero poderoso e influente durante as décadas de 1970 e 1980.
Diante desse cenário, a produção de um filme de “Flash Gordon” foi vista como uma oportunidade de capitalizar essa tendência crescente. Dino De Laurentiis, um produtor de cinema italiano conhecido por suas produções ambiciosas, adquiriu os direitos dos quadrinhos e planejou uma adaptação cinematográfica grandiosa.
O filme foi dirigido por Mike Hodges, conhecido por seu trabalho em “Get Carter” (1971). Sam J. Jones foi escalado como Flash Gordon, Melody Anderson como Dale Arden, e Max von Sydow como Ming, o Impiedoso. A escolha do elenco misturou novos talentos com atores experientes, trazendo um equilíbrio interessante para a produção.
“Flash Gordon” (1980) é um produto de seu tempo, refletindo tanto a influência duradoura dos quadrinhos de Alex Raymond quanto o renascimento da ficção científica e fantasia no cinema dos anos 1970 e 1980. Com seu estilo visual marcante, trilha sonora icônica e uma abordagem despretensiosa à narrativa, o filme se estabeleceu como um clássico cult, celebrando a imaginação e a aventura intergaláctica.